terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Saudade

Ah, a saudade, essa invasora, fez seu ninho no canto dos olhos, bica seus frutos de angústia nas rugas da testa e na fonte das lágrimas se sacia cotidiana e silenciosamente.
Essa ingrata semeou nas linhas da mão calejada o segredo que desarma a bomba das lembranças.
É preciso desarmá-la, com urgência. Mas de que jeito?
Trêmulas mãos que não me deixam ler suas linhas... ou serão meus olhos que tremulam incomodados com a intrusa inquilina?
Que tormento! Já sei - vou sufocá-la até não mais ouvir um só estertor. Como farei?
Cerrarei os olhos – para sempre, para sempre...

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