terça-feira, 7 de agosto de 2007

Gargalhadas e gaiatadas

Dá para ouvir a algazarra, do Sistema Único de Saúde, toda vez que as comunidades se empenham, com sofreguidão, a juntar migalhas para alcançar aos seus alquebrados hospitais filantrópicos. São esforços comoventes para não deixar que cerrem suas abençoadas portas, por onde comumente entram pessoas humildes em busca de um lenitivo para suas dores que são tantas e tamanhas.

É a própria vida da comunidade que é severamente ameaçada de fechar surdamente suas portas, de par em par, numa macabra coreografia de sofrimento e miséria.

Meu Deus, mas que descalabro é esse? - Lá no abismo desse desmando, são audíveis e tonitruantes as gargalhadas do Ministério, que se vê, milagrosamente, descomprometido de cumprir seu dever porque a comunidade zelosa, foi mais rápida, solícita e provedora.

Faz (e fez), penosamente, o que a Administração Estatal não faz (nem fez). Mas continua pagando altos e escorchantes tributos.

Como dizia uma surrada marchinha carnavalesca - O Ministério não quer outra vida. Declina, gaiatamente, de sua obrigação de prover satisfatoriamente bens e serviços de saúde, pela distância e quase inexpugnabilidade de seus muros e, especialmente, toda vez que as comunidades tomam a dianteira e fazem o que as autoridades não fazem.

Até quando?

Chega! Basta! Não é saudável eternizarmos esse estado de coisas.



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