terça-feira, 21 de agosto de 2007

Gratidão

Na minha opinião, o mais nobre traço de caráter é a gratidão. Para que uma pessoa atinja o verdadeiro estágio da gratidão – aquele sentimento sincero, sereno e inquebrantável de reconhecimento – é preciso que tenha passado, vivencialmente, por outras fases.

O grato é generoso, compreensivo, inteligente, brioso, polido, modesto e profundamente terno. A sensibilidade, a lucidez, a devoção e a sociabilidade são sempre fartas e pródigas nos indivíduos gratos. Gratidão faz simetria com lealdade, honestidade e bondade.

A gratidão é o inocente desnudamento da alma. É o brilho mais genuíno do espírito. É o parâmetro mais justo e adequado para as grandezas da solidariedade humana. Quem agradece vê além de si mesmo – transcende! A gratidão é o reconhecimento inquestionado das qualidades dos outros e o fortalecimento das próprias.

Os egoístas, os invejosos, os pretensiosos jamais conseguirão ser gratos.

Os mesquinhos, os avaros, os torpes, os desinteligentes e os desbriados nunca terão motivo, razão nem coragem de agradecer.

Gratidão é uma qualidade que só passa pelos tênues fulcros da auto-crítica.

O grato é sempre sumamente humilde mas nunca humilhado. O grato é modesto, mas jamais vulgar.

No mundo bravio a altamente competitivo em que vivemos, que valha, enfim, a máxima de nossa cotidiana e tão verdadeira vivência: - agradece quem pode, seja ingrato quem precisa... Gratidão é fartura. O contrário é miséria...

Nenhum comentário: