quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Uma Nação, ainda...!






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Quando os poderes da república estão mais interessados em suas conveniências do que na premência das necessidades sociais, fica difícil imaginar que alguma solução para os graves problemas nacionais, possa vir por via institucional.

Que razões teria o cidadão comum, para acreditar que, um dia, por plena iniciativa institucional os empregos (dignos) brotassem aqui e ali; que a saúde pública saísse desse atoleiro em que se encontra; que a educação realmente fosse mérito que alavancasse justiça social; que a segurança fosse pão farto na mesa e no espírito de todos; que a moradia e o alimento fossem disponíveis e acessíveis; que os impostos fossem, convertidos em bens e serviços de comprovado proveito público; (?) se o que se vê, cotidianamente, é um ataque brutal, ao preceito mínimo da convivência cidadã. Não se faz saúde pública satisfatória mas se gasta muito em questões eleitorais. Não se qualifica o ensino como este merece, mas se multiplica o tamanho do Estado. Habitação e comida são carências conhecidas e reconhecidas no mapa brasileiro, mas as Instituições, salvo raras e honrosas exceções, fazem vistas grossas e deixam tudo como está até a próxima campanha eleitoral.

Apesar de tudo isso, ainda somos, teimosamente, uma Nação.

Os tênues laços que nos mantém vivos, presos ao conceito pátrio que nos identifica clamam para não perder os elementos básicos de sua substância: - esperança e vergonha. Se na esquina da história, um dia, perdermos tais referenciais, por certo esse será o último dia de um país que se chamou Brasil.

Um comentário:

professor brandi disse...

Habitação (retificar no texto)
Muito bom Mano...